Lusco-Fusco
Estende-se no ardente seio do vale,
Onde o vento suspira docemente,
Um rubor elanguescido, dolente,
Fiel esposo dos vastos plúmbeos céus!...
Estrelinhas pirilampam nos véus
Lusco-fuscos de um olhar eloquente,
Encaminhando-me à luz do ocidente,
Minorando o meu desmaiado xale...
Guardo, timidamente, a mia poesia
Encanastrada em pios de nostalgia
Que acompanham o negro pululante.
E antes que surja o meu pascácio dia,
E a saudade me aperte o peito arfante,
Deito a minh'alma num Céu Rubro e ovante!