NÓ NA TRIPA
Não pode uma rima nobre
deixar pobre a poesia,
assim como a Lua cheia
não pode beijar o dia.
Nem pode o Sol escaldante
dar no sangue da serpente
sem levar veneno ao dente
que à minha pele arrepia.
Não pode um acorde simples
acordar a melodia
que adormeceu na tristeza
de uma barriga vazia.
Saulo Campos - Itabira MG