Máscaras

Uma criança perdoa o seu pecado

Carnavalizando frágeis mascaras de marche

Ate onde iremos com estas fantasias ?

O tempo não foi capaz de mostrar você

E eu que sempre falava as claras

Vivia maquiando de cores os dias

Até quando viveremos na fronteira

Entre a razão e a continuidade ?

Já não posso mais voltar

E meus passos ainda vagos

Mudaram o meu compasso

Eu vou lavar o meu rosto com a água do Rio

Eu vou construir um barco de jornal

Pra levar noticias de mim até você

Eu vou continuar desenhando este olhar

Aqui neste palco mutável

Não nos cabe escolher a personagem

Quando tudo é divino em luz e sombra

E o que antes parecia intacto deixa de existir para seguir . . .