Do Silêncio

A saudade chegou devagarinho;

desta vez, feito visita calada...

e, por não querer falar quase nada,

me deixou, assim, falando sozinho.

Ela que sempre foi a namorada;

que me trouxe seu sonoro carinho...

hoje, traz somente o murmurinho

de uma (quase muda) madrugada.

Tento, então, ouvir a voz da lua;

que sempre foi a minha confidente...

mas, a chuva (que chega de repente)

como se fosse palavra que sua,

conta que minha confidente nua

veste lágrimas na noite silente.

23-09-2013

Torre Três (R P)
Enviado por Torre Três (R P) em 03/10/2013
Reeditado em 10/12/2015
Código do texto: T4509129
Classificação de conteúdo: seguro