Do Silêncio
A saudade chegou devagarinho;
desta vez, feito visita calada...
e, por não querer falar quase nada,
me deixou, assim, falando sozinho.
Ela que sempre foi a namorada;
que me trouxe seu sonoro carinho...
hoje, traz somente o murmurinho
de uma (quase muda) madrugada.
Tento, então, ouvir a voz da lua;
que sempre foi a minha confidente...
mas, a chuva (que chega de repente)
como se fosse palavra que sua,
conta que minha confidente nua
veste lágrimas na noite silente.
23-09-2013