O "odor" do amor.
O cheiro
que chega com ardor
só perturba,
não entusiasma.
O calor
que aumenta o odor
outrora agradara
mas agora, nada.
As palavras,
quais procuro amenizar,
de nada servem
se a verdade não expressar.
Um grito,
na garganta sufocado,
nem em murmúrios é revelado,
sentimento tragado.
O respeito,
apenas o que resta,
ainda resta,
mas cheio de frestas.
O informado,
ciente da situação,
age com torpor,
aniquilando assim, o que era amor.
O odor,
que deveria ser perfumado,
é fétido e repulsivo,
constrangedor.
Então,
há dor,
devido o fedor,
sem qualquer frescor.