Cansaço poético

Quando se cansa o poeta

Descansa a caneta, amansa a letra

Só linha reta é o que resta

Enferruja o pensar

De lambuja o soar

De mais nada interessa

Vem a luta na labuta

Corre, cai, lança, força bruta

Cansa, pára, come, continua

Desanima, chora, levanta e luta

Luta... Sorri, beija, perde ou ganha

E tanta coisa que passa

E nada do poeta registrar

Parece que aposenta

Quando lenta e suave

Sua caneta volta a sussurrar

Mesmo que raramente

o poeta contente venha a trabalhar

não deixa nunca seu legado

Mesmo até parado, desanimado

Poeta é poeta por toda vida

Em todo lugar

Lauriene Ádila
Enviado por Lauriene Ádila em 02/10/2013
Código do texto: T4508395
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.