A BOLA
Ela é moça prendada,
requintada, desejada,
foge dos pés que a machucam,
pelos outros apaixonada.
Gordinha, mas virou musa,
miss sempre na passarela,
tantos a reverenciam,
batem palmas para ela.
Quando no fundo da rede
causa euforia na certa,
faz aflorar a alegria,
invoca o grito de alerta.
Causa silêncio profundo
viajar no seu percurso,
não carece ter um nome,
enfim, são todas iguais.
Sua silhueta seu vulto,
para o perdedor é um insulto,
ao vencedor algo mais.
Porém no fim tudo é festa,
aplausos gritos de gol.
Depois em um canto ela espera
silenciosa um novo show.
Saulo Campos – Itabira MG