Observadora De Mim
Enxergar meu lado avesso.
Rebuscar, com os olhos da lembrança,
Meus momentos.
Com meu silêncio, as respostas...
Apostas, jogadas ao vento!
O meu sempre sentimento.
Envolto em brumas.
Em efêmeros sonhos,
Feitos de orvalho.
Que caem molhando, meu agreste viver.
Mais, minha caatinga fica verdejante.
Pois meu seco é terra fértil,
E basta a esperança,me banhar com orvalho,
Brota o verde almejado.
Olho para meu pasSado, melancólica.
Não com saudades.
Vontade talvez, de resgate.
Sorrio para meu futuro.
Pois,no floreScer do meu momento.
Respiro o oxigênio que Deus me deu.
Aqueço meu rosto,com esse sol lindo,
E vislumbro tantas Cláudias.
Vivas, mortas, débeis e insanas,
Sedutoras, misteriosas...
Calma como as brumas,
Violenta, como as tempestades de verão.
SaceRdotisa dos meus próprios delírios.
Senhora da minha vida.
Espectadora e atriz atuante,
Do meu viver.