Prisma
Já atravessei muitos desafios. Mas nenhum deles fez-me muito diferente do que sou. Só um pouco mais humilde, talvez. Eu, como uma planta ornamental, a Murta, entregue às paixões de olhos atentos em mim. E sempre foi assim. Desde a minha primeira infância, quando Deus fazia com que o tempo andasse mais calmo e simples. E hoje aqui estou. Criança sem trança, sem compreender a distância entre o amor e o ódio. Como Hefesto e Afrodite, a disparidade habita em mim.
Não me sinto no direito de demarcar o meu destino, mas ornamentar tua face com minhas mãos eu posso. Até que a poeira abaixe e eu aprenda a amar melhor.