DOS DITOS DE QUEIROZ
Na casa do povo,
Sem nada de novo,
As mesmas fraldas cheias.
A sujeira é igual,
O fedor tal e qual,
Requerendo a mesma troca.
Banham-se as crianças,
Renovam-se as esperanças,
Mantém-se o fedor dos hábitos.
Na rua o povo se agita,
Na sua casa nem se cogita,
Pois são os cunhados que mandam.
Logo tem eleições,
Trocam-se alguns ladrões,
Ficam as mesmas fraldas.
Nos sopros de talco,
Permanece o mesmo palco,
E os palhaços ruminam nas ruas.
Na casa do povo,
Sem nada de novo,
As mesmas fraldas cheias.
A sujeira é igual,
O fedor tal e qual,
Requerendo a mesma troca.
Banham-se as crianças,
Renovam-se as esperanças,
Mantém-se o fedor dos hábitos.
Na rua o povo se agita,
Na sua casa nem se cogita,
Pois são os cunhados que mandam.
Logo tem eleições,
Trocam-se alguns ladrões,
Ficam as mesmas fraldas.
Nos sopros de talco,
Permanece o mesmo palco,
E os palhaços ruminam nas ruas.