Sem Palavras
As palavras dançam vestidas de luzes,
Adornadas de flores.
Podem ser tão lindas!
As palavras, edificam os sonhos,
Embalam os momentos,
Demarcam território
E são tão voláteis como o vento.
E como o vento,
Podem acariciar, como uma brisa fresca, orvalhada...
Repousar na face,
Como o beijo de um amante.
Paradoxo a isso,
Podem cortar e ferir a alma de quem ama a beleza
Dos versos,
Ou reversos, quer sejam mais suaves,
Quer sejam mais realidade...
Mais amam as palavras...
Como o vento, elas espalham o fogo
Fazendo de uma fagulha,
Um incêndio dantesco,
Com proporções de catástrofes.
Matam a natureza mais bela
De quem fala, de quem ouve...
Revoltam as águas.
Transformando rios mansos, caudalosos,
Acolhedores e doadores de vida,
Em monstros devoradores de cidades e seres.
O vento é uma força bruta sem precedentes,
Mais as palavras,
Essas, podem e devem ser controladas.
Pois têm uma alavanca com muitos sinônimos.
Podem ser chamadas: respeito, consideração, harmonia,
caridade, humildade, etc.
Ativada no momento que, ao usarmos arma tão poderosa,
Se goste mais de gente, e menos da gente.