SIMBIOSE
Se fomos um,
que parte de mim deve sair?
Por qual porta?
E como saber
se serei eu a partir
ou apenas a tua parte
que havia em mim?
Que pernas me levarão
para longe de ti?
Em qual coração sentirei
a dor de partir?
Com que boca
chamarei teu nome,
aquele que ouvirei de minha boca?
A quem os meus olhos verão
nas noites insones,
nas luzes perdidas dos carros,
projetadas nas paredes
do quarto vazio?
Lágrimas de quem
mancharão tua maquiagem?
Como poderei saber
se é tua ou minha
a mão que me toca em carícias,
se somos um?
Se fomos um,
que parte de mim deve sair?
Por qual porta?
E como saber
se serei eu a partir
ou apenas a tua parte
que havia em mim?
Que pernas me levarão
para longe de ti?
Em qual coração sentirei
a dor de partir?
Com que boca
chamarei teu nome,
aquele que ouvirei de minha boca?
A quem os meus olhos verão
nas noites insones,
nas luzes perdidas dos carros,
projetadas nas paredes
do quarto vazio?
Lágrimas de quem
mancharão tua maquiagem?
Como poderei saber
se é tua ou minha
a mão que me toca em carícias,
se somos um?