Modernidades
As coisas andam depressa,
sem tempo para respirar,
um sufoco que não cessa,
muito falar apenas por falar.
Vivemos com muita proximidade
em uma distância que não tem fim,
reféns de uma pobre ansiedade
que uma flor brote em nosso jardim.
Estamos a todo momento
na palma da mão,
em meio a um estranho sentimento
de estar vazio o coração.
Pessoas querem ser amadas
sem serem amantes,
querem tudo por nada,
viver o depois sem ter o antes.
E todo amor necessita de calma
um pouco de paciência,
fé que vem da alma,
nada feito sob estado de carência.