Boêmio

A noite me clareia.

Estrelas me observam e ás vezes sou mais observado que observo,e isso me incendeia.

Seu silêncio me empossa feito espelho da vaidade.

Sou professor jurado de aprender de mim.

Como um anjo caído em minha superficíe condenado á amarras sem rédeas;nem datas;nem percursso.

Sei que vim e estou armado com flechas,trago uma vertigem peculiar,esfumaço cortinas de veludo,durmo ao clarear de um amanheçer noturno.

A noite é minha sombra e me reflito nela não temo o escuro pois ele acende a minha vela.

No santuário do sonho durmo com minha dama vestida de cinderela.

Onde rondo e ronrono...

Provo meu vinho com o suor dela,moramos em orações doces e preçes interligadas delicadas ou devassas,em silêncio ou clamadas.

Mesclo meu desejo com cortejo,nú em pelo e a noite me banha,e minha donzela eu lentamante beijo,sem deixar pegadas,apenas o doce e instigante rastro.

Do último me torno o primeiro,de um Adeus que se dissolve no sono sorrateiro.

Diego Porto
Enviado por Diego Porto em 29/09/2013
Reeditado em 27/05/2024
Código do texto: T4503722
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.