AGONIADA AGONIA

Minha alma vagueia, baila minha voz,

é o que me resta, lembranças de nós.

Saudade aperta e o choro sai,

sonho que exponho, e definho,

devagarzinho, enquanto a lágrima cai.

Sou menestrel olhando estrelas,

andando pelo vergel,

um Beija – flor triste e solitário,

que sabe da vida cruel,

por isso já não bate as asas

e nem faz caso do mel.

Canto pra vencer o dia,

tanto que me alivia,

que não vou mais me calar.

Preso à gaiola do universo,

algemado ao verso

se canto é pra não chorar.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 29/09/2013
Código do texto: T4503640
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