AGONIADA AGONIA
Minha alma vagueia, baila minha voz,
é o que me resta, lembranças de nós.
Saudade aperta e o choro sai,
sonho que exponho, e definho,
devagarzinho, enquanto a lágrima cai.
Sou menestrel olhando estrelas,
andando pelo vergel,
um Beija – flor triste e solitário,
que sabe da vida cruel,
por isso já não bate as asas
e nem faz caso do mel.
Canto pra vencer o dia,
tanto que me alivia,
que não vou mais me calar.
Preso à gaiola do universo,
algemado ao verso
se canto é pra não chorar.
Saulo Campos - Itabira MG