POEMA PARA NÃO SER ENTENDIDO
O lírio encantador dos olhos teus
No raiar da primavera...
A rubra sombra da tarde no coqueiro...
A relva...
O bosque...
O mar...
Fino véu sobre a espádua nua...
A lua no céu...
Uma voz dentro da noite murmurada...
Tu e eu ali sobre os lençóis...
Pedias-me um beijo...
A noite cega os campos...
Pálido aconchego...
Lívido sentir
O pejo.
Obs: pretendo arrumar adéptos para criar um estílo onde não conta o sentido do poema, mas suas emoções apenas, como ocorre quando ouvimos uma bela música internacional em que não sabemos o que dizem, mas sentimos a beleza da música. No poema sentiremos a beleza das figuras de linguagem sem sabermos do que se fala.
Uma das técnicas é juntar retalhos de sentido completo ou sujestivo. vamos nessa... Quem vai?
Geraldo Altoé