Liberdade
Liberdade, não sei bem o seu sabor,
já o senti na amora e na cor da flor.
No forno belo das minhas sementes,
a sinto agora em asas transparentes.
Liberdade, não identifico o seu calor,
já o sofri na face, medo, ira ou amor.
Na cor bela da tela da minha pintura,
a sinto senhora dos destinos, impura.
Liberdade, não paguei pelo seu valor,
já a escolhi no preço, no que mereço.
Na versão de céu claro ou meia Lua,
a sinto aurora nascente, imagem sua.
Liberdade, não acatei o seu presente,
já devolvi as algemas da minha mente.