Liberdade

Liberdade, não sei bem o seu sabor,

já o senti na amora e na cor da flor.

No forno belo das minhas sementes,

a sinto agora em asas transparentes.

Liberdade, não identifico o seu calor,

já o sofri na face, medo, ira ou amor.

Na cor bela da tela da minha pintura,

a sinto senhora dos destinos, impura.

Liberdade, não paguei pelo seu valor,

já a escolhi no preço, no que mereço.

Na versão de céu claro ou meia Lua,

a sinto aurora nascente, imagem sua.

Liberdade, não acatei o seu presente,

já devolvi as algemas da minha mente.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 29/09/2013
Reeditado em 14/12/2016
Código do texto: T4503126
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