O DIA SEGUINTE

(Sócrates Di Lima)

Ah! Que a tristeza que dantes me corria,

Na sua infatil melancolia,

Por certo não sabia,

Que minh' alma é adepta a alegria.

Em mim, a tristeza dura pouco,

Ainda, se o silênco perdurar,

Não sou de ficar com a glândula rouca,

De pelos cantos chorar,

Lágrimas são vozes mudas,

Que no silêncio derrama,

Quando a vontade fica cega e surda,

E deixa apagar sutilmente sua chama.

Não há noite tenebrosa que para sempre dure,

Não há lamentos que não se pode sucimbir,

Nada, mas, nada de malogrado que nesta vida perdure,

Se a gente sacodiar o ócio e se levantar.

E ai vem o dia seguinte,

De uma noite que demorou eternidade para amanhecer,

E assim, a alma por, conseguinte,

Se liberta do triste e vai pra pista viver.

O ontem passou,

Hoje, um novo dia, o dia seguinte,

E toda tristeza lá ficou,

Porque amanheceu um novo dia pedinte.

Vivo um dia de cada vez,

Se ontem em lãgrimas me deparei,

Hoje eu não vivo o talvez

coloco a alegria nos olhos que eu chorei.

Cada momento tem seu preço,

Tudo tem uma tazão de ser,

Só não posso deixar os problemas serem maior do que mereço,

Nem padeço de mal querer.

Sou um eterno apaixonado,

Amante do amor em todos os seus prazeres,

Quem eu amo, amo como aloprado,

Mas, posso guardar o amor e seguir meus afazeres.

ah! que a saudade é tão ácida,

Faz a alma pálida,

E mesmo que por vezes cãlida,

Não sobrepõe a alegria de toda uma vida.

E assim, espero...

Com o coração batendo a cento e vinte,

Mas, sigo a vida como assim eu uero,

Porque nada melhor do que viver o dia seguinte.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 27/09/2013
Código do texto: T4500520
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