UMA SEXTA-FEIRA
(Sócrates Di Lima)
Bate ás portas a sexta-feira,
Uma semana toda de correria,
Mas, sempre sobre de qualquer maneira,
Um tempo para escrever minha poesia.
É um desabafo,
Um certo desafogo,
Talvez meu próprio afago,
Da loucura que faz-me pegar fogo.
A vida é um jogo,
Ou não...
Sorte ou rogo,
a vida é um violão.
Quem sabe tocá-lo canta melodias,
Quem não sabe, fica a sua própria mercê,
Ai do poeta se lhe faltar poesias,
Cega sua alma o amor não vê.
Quem eu amo,
Nem sei por onde anda,
Mas no pensamento eu chamo,
Pois, se não o fizer o sequecer desanda.
Enfim, chega a sexta-feira,
Dia mundial de fazer besteiras,
Não sou snato, mas tenho boas maneiras,
Reservo-me no direito de manter minha postura inteira.
Não sou de vadiagem,
Só vadio com o amor que me vadia,
Com ele sigo qualquer viagem,
O amor é a minha melodia.
Hoje então é dia...
De ficar em casa ou sair,
Curtir um pouco de alegria...
E esquecer o que pode me sucumbir.
Assim, esta sexta-feira que me espere
Algo de bom espera por mim,
Vou então bebemorar a alegria que me confere,
O direito de viver e continuar amando até meu fim.