TRANSBORDE
Transborde,
Encha a taça de angustias.
Transpareça,
O Tumulo cobra as várias faces.
Transforme-se,
Temos também nossas estações.
Transpasse
O que for muro,
Rasgue com os dentes,
Mate com as próprias mãos...
Enlouqueça,
O mundo se esquece dos loucos,
Mas eles são a chave
De toda a mudança
aos desconfortos.
Mergulhe,
Em atos e dilacerações
E enxugue o sangue
Que verte da veia
Em sinal de incompreensão
Do que é o amor.
Triplique
As noites sob a lua,
a pele na terra nua,
os pés trôpegos
que andam pelo caminho atrapalhados.
Tente, mas não morra ensimesmado,
(ou morra incinerado).