TRANSBORDE

Transborde,

Encha a taça de angustias.

Transpareça,

O Tumulo cobra as várias faces.

Transforme-se,

Temos também nossas estações.

Transpasse

O que for muro,

Rasgue com os dentes,

Mate com as próprias mãos...

Enlouqueça,

O mundo se esquece dos loucos,

Mas eles são a chave

De toda a mudança

aos desconfortos.

Mergulhe,

Em atos e dilacerações

E enxugue o sangue

Que verte da veia

Em sinal de incompreensão

Do que é o amor.

Triplique

As noites sob a lua,

a pele na terra nua,

os pés trôpegos

que andam pelo caminho atrapalhados.

Tente, mas não morra ensimesmado,

(ou morra incinerado).

Mariana Maria
Enviado por Mariana Maria em 25/09/2013
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