És iníquo


Nunca t’ encontrei quão outrora
No reverso de teu rosto
Surge mácula marcante
Tão áspera e tão impetuosa

Eu sei que tens
Chamas de cólera
Quão s’ eu ferisse

Trazes nas tuas mãos
O teu lenço sangrento
Da sanha e da ingratidão

Companheiro, quando tu falas
Calo-me diante de ti
P’ra não cair em tua cilada.




Poema escrito em maio de 1979


 
ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 25/09/2013
Reeditado em 25/09/2013
Código do texto: T4496909
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