Da Perda
Te perder para o destino, foi muito triste; porém (não) cruel...
foi como derramar o mel que adoçava um riso de menino...
como quebrar o violino que fazia um concerto no céu...
como rasgar o papel e, escrito nele, um poema divino.
Só mesmo quando eu te perdi, foi que pude me achar novamente;
pois, de amor, estava doente...e, te amando, muito sofri...
agora, quando não está aqui, te sinto (mais que nunca) presente
em uma tristeza pungente que, de repente, olha e sorri.
Mas, há uma insuportável dor...que não sinto, mas, que sentiria
se esses deuses da ironia (vestidos de um negro humor)
nessas minhas mãos, quizessem por (como se fosse uma luva fria)
o não que, pra você, eu diria se declarasse o seu amor...
e, também, quizesse recompor tudo isso que eu perdi, um dia...
pois, o meu não seria como suicídio de um pobre ator.
24-09-2013