Melodias d’amor!
Eu vou lhes contar u’a história,
U’a história eu vou lhes contar:
Que o mundo hoje vive inglória,
Nem sei se devo afrontar...
Mas, s’eu lhes contar essa história,
Nunca irão me perdoar —
Se assim, revelar a Verdade,
A essa inculta humanidade!
Se devo, enfim, versejar,
Tal qual fizeram os profetas,
Qual nau vive a bordejar...
Assim como este poeta,
Sem medo de esbravejar —
Às entidades secretas...
Que Deus deu o dom pra compor
As melodias d’amor!
Os vis dos imperadores
Burlaram as leis do universo,
Fingindo ser os mentores,
Assim como os tais conversos.
E Saulo foi um dos cultores,
Regido pelos perversos,
A pôr sombra às Escrituras,
Um assombro às vis criaturas!
E crucificaram o Cristo,
Co’as leis que hoje vos devora;
No altar, num madeiro misto,
Na Santa Igreja, que implora
O dízimo dos vis malditos.
Já na hora de irem embora...
Nas leis desse rei que impera,
— É a morte que vos espera!
Pacco