Melodias d’amor!

Eu vou lhes contar u’a história,

U’a história eu vou lhes contar:

Que o mundo hoje vive inglória,

Nem sei se devo afrontar...

Mas, s’eu lhes contar essa história,

Nunca irão me perdoar —

Se assim, revelar a Verdade,

A essa inculta humanidade!

Se devo, enfim, versejar,

Tal qual fizeram os profetas,

Qual nau vive a bordejar...

Assim como este poeta,

Sem medo de esbravejar —

Às entidades secretas...

Que Deus deu o dom pra compor

As melodias d’amor!

Os vis dos imperadores

Burlaram as leis do universo,

Fingindo ser os mentores,

Assim como os tais conversos.

E Saulo foi um dos cultores,

Regido pelos perversos,

A pôr sombra às Escrituras,

Um assombro às vis criaturas!

E crucificaram o Cristo,

Co’as leis que hoje vos devora;

No altar, num madeiro misto,

Na Santa Igreja, que implora

O dízimo dos vis malditos.

Já na hora de irem embora...

Nas leis desse rei que impera,

— É a morte que vos espera!

Pacco

Pacco
Enviado por Pacco em 23/09/2013
Reeditado em 03/10/2013
Código do texto: T4494927
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