NÉVOA AZUL

Rompo as amarras

Para que a memória das palavras comece

E siga reinventando os naipes

Que correspondem à realidade

Nos interstícios dos sonhos

Lucidez e desvario

Coisas estranhas à vida

Como os estilhaços de um vidro

Atrapalhando o caminho

Até que tudo vire ruína

Sina esmigalhando as coisas

Preparando o final para a névoa azul.

JOAQUIM RICARDO
Enviado por JOAQUIM RICARDO em 23/09/2013
Código do texto: T4494853
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