Quanta força há na tua escuridão . . .
Quantos olhos de fera ,
maestros dos ossos ,
coreografam meus poemas
. . . meus outonos de desespero . . .
Quantas lâminas em punho
dominam-me
até o último erguer dos pulsos !
- . . . Não basta ser-te resignada ?
Precisas beber-me os pensamentos ?
Não vês ?
A tua fúria esgueira-se em meus muros !
Teu inverno impera cravado na medula !
Minha alma agreste
deleita-se na porosidade das pétalas . . .
Faz-me curvar a carne , soluçar minhas solidões ,
a ora , seu universo
Soberana de mim ,
triunfante do alto de sua invernia ,
segue o instinto - seu culto sobre a presa -
talhando-me a boca ,
sangue e versos . . .
Quantos olhos de fera ,
maestros dos ossos ,
coreografam meus poemas
. . . meus outonos de desespero . . .
Quantas lâminas em punho
dominam-me
até o último erguer dos pulsos !
- . . . Não basta ser-te resignada ?
Precisas beber-me os pensamentos ?
Não vês ?
A tua fúria esgueira-se em meus muros !
Teu inverno impera cravado na medula !
Minha alma agreste
deleita-se na porosidade das pétalas . . .
Faz-me curvar a carne , soluçar minhas solidões ,
a ora , seu universo
Soberana de mim ,
triunfante do alto de sua invernia ,
segue o instinto - seu culto sobre a presa -
talhando-me a boca ,
sangue e versos . . .
Denise Matos