Inovar
Dei uma escapada de casa
E fui pra festa com amigos
A gente vai e se arrepende
Depois que esquenta os ouvidos.
Pega até camiseta emprestada
Isso não é bem de costume
Pois tem alguns camaradas
Que apronta e não assume.
Às vezes o baile está bom
Que nos faz perder a hora
E a tonalidade do som
Não deixa a gente ir embora.
A madrugada já esta no fim
Tenho resistência em sair
Não sei o que aguarda pra mim
Lá em casa vou redimir.
Fico montando um quebra cabeça
Para que eu possa contar
Espero que decore e não esqueça
Pois não posso fraquejar.
Devolverei a camiseta suada
Infectada de perfume
Com batom e amarrotada
Não deixo prova prá ver ciúme.
Porém quando cheguei a casa
Toquei muito o interfone
Não respondeu ao meu apelo
Então gritei pelo seu nome.
O dia já vinha raiando
Eu ali nervoso e de pé
Fiquei na rua imaginando
Do que fiz com a mulher.
Tive uma idéia genial
Já que a casa estava trancada
Fui o homem aranha ideal
E realizei a escalada.
Tive na mente a boa fé
Brotada naquele momento
Desci pela chaminé
E logo já me encontrava lá dentro.
Quando me dirigi à suíte
Ela me aguardava na porta
E foi demais acredite
Apenas disse; amor faz tanto frio me conforta.
Francisco Assis é poeta e Bombeiro militar
Email: assislike1@hotmail.com