Sentir...

Ser mulher...

Um tanto mito, um tanto esfinge, um tanto nuvem...

Capaz de esparramar doçura

Pelas surpresas da rotina...

E risonha, absorvo seus efeitos letárgicos em mim

Mais farejadora que os felinos

Desinibida, sem medos...

Enquanto envoltas nestes

Tão meus momentos

Deslizo pelo tempo

Entre atenta-e-desligada

Num melódico movimento

Que dá ritmo ao meu viver

Com o olhar perdido

Nesta enseada de sonhos e sons

Ouso achar que o cordial objetivo dessa geografia

É me receber num afago amável,

Calorosos e molhados...

Amo fazer bailar

Meu olhar por essa paisagem

E enfeito minhas palavras

Com as sensações que a beleza observada

A sentir me induz...

Com seus tons de azuis, brancos, verdes...

E traduzindo na retina

Os hieróglifos da alma

Assim, compreendo que faço parte

Desse espetáculo chamado Vida!

Observadora
Enviado por Observadora em 23/09/2013
Reeditado em 04/11/2013
Código do texto: T4494668
Classificação de conteúdo: seguro