Sentir...
Ser mulher...
Um tanto mito, um tanto esfinge, um tanto nuvem...
Capaz de esparramar doçura
Pelas surpresas da rotina...
E risonha, absorvo seus efeitos letárgicos em mim
Mais farejadora que os felinos
Desinibida, sem medos...
Enquanto envoltas nestes
Tão meus momentos
Deslizo pelo tempo
Entre atenta-e-desligada
Num melódico movimento
Que dá ritmo ao meu viver
Com o olhar perdido
Nesta enseada de sonhos e sons
Ouso achar que o cordial objetivo dessa geografia
É me receber num afago amável,
Calorosos e molhados...
Amo fazer bailar
Meu olhar por essa paisagem
E enfeito minhas palavras
Com as sensações que a beleza observada
A sentir me induz...
Com seus tons de azuis, brancos, verdes...
E traduzindo na retina
Os hieróglifos da alma
Assim, compreendo que faço parte
Desse espetáculo chamado Vida!