Cinzas da Guerra

A noite assoma-se as ainda às esquinas escuras...

Ruas tortuosas ensinam órfãos,

Que a vida é dura.

Não há pão e nem há água;

A fome é distribuida em sacolas e toneis de lixo,

As escolas são fachadas,

Fabricam quase nada.

Nos hospitais há falta de humanidade,

Não há vontade.

Os lares são feitos para acomodar,

As estradas cultuam a velocidade,

Enquanto os bares e as alamedas fazem do vício

Um negócio sécular.

A ordem que se diz ainda é para controlar civis,

Não para acomodar, para fazer uma pessoa feliz.

Se abrires a janela...

Comum será ver alguém a mendigar;

A assaltar, a tirar vidas...

A morrer ou a matar.

Ninguém olha para as flores;

Ninguém mais ouve a melodia dos pássaros;

Ninguém mais se importa com a dor das lágrimas,

Que fazem todos os dias a miséria proliferar...

São balas perdidas;

São pessoas desaparecidas

São pessoas que vendem o corpo em qualquer lugar...

Um mundo de deseperar.

Onde todos caminham desafiando a lógica,

Para nunca mais amar.