COMO DÓI!
Como dói essa saudade no meu peito!
Como é grande esse vazio! E a solidão
Que chegou toda sem graça, sem jeito,
Tomando conta de vez do meu coração.
Ele geme dia e noite, vai acompanhando
O pio da coruja bem em cima do arvoredo;
Lamentando a tristeza... comigo vai chorando
Rasgando a noite fechada em seu segredo.
Como dói abraçar por inteiro o travesseiro,
Cerrar os olhos e não conseguir dormir,
Ouvindo o sacudir das folhas do coqueiro,
Chamando alguém que não quer mais vir.
DIONÉA FRAGOSO