MEU PEITO ESTREMECEU!
Estremeceu o meu peito
Quando vi sem qualquer jeito
Crianças sem lar nem pão.
Ele também estremeceu
Quando o céu escureceu
E a noite chegou em vão.
Estremeceu de tanta dor
E pela falta de amor
Que se vê por este mundo.
Assim como estremece
Por aquele que padece
E pelo pobre moribundo!
Estremecendo assim audaz
Em busca da santa paz
Fugindo aos ódios e à guerra.
Não consegue suportar
A vida sem ter luar
Que arrasa ao cimo da terra.
Cada menino sem brinquedo
Cada homem que em segredo
Busca uma condição.
Deixa o sol sem brilhar
Procurando um novo olhar
Que lhe alegre o coração
Esse mesmo que fraqueja
Quando a esp’rança não se almeja
Pelo tanto estremecer
Não podendo resistir
E sem vontade de sorrir
Acaba por entristecer!