ABSURDEZ

Naquele céu imaginário

De tantos sonhos

De tantas asas

Naquela estrela inalcançável

Plenamente lua

Na mesma cheia noite

Aquele temporal de têmpera

Vazando do arco- íris para o sofá

Aquele anjo narciso

Olhando para o lago imóvel

Sorrindo para o seu bigode de nuvem

Aquele poeta sentado

Na linha do seu caderno

Enquanto a ponta do lápis

Não passa por ali

Culminando vogais quebradiças

Aquele medo do escuro

Latindo ao relento

Aqueles enigmas

De Sherlock atrás da porta

Fazendo vento na cortina

Aquele silêncio de cera no ouvido

Espantando grilos insones

E eu aqui mergulhado na incoerência

De meus pensamentos de catapora

Inventando absurdos

Com minha bermuda de triangulo

Andando em círculos...

Angelo Trom
Enviado por Angelo Trom em 22/09/2013
Código do texto: T4492527
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