Escravo da Emoção
 
Vai-se de mim a tristeza
Deixando o rastro da solidão
Espero em vão e com certeza
Que outras tristezas virão
 
Apesar ou de pelo menos tentar
Agarrar-me aos breves momentos
Da felicidade quando ao passar
Passa breve e suave levada ao vento
 
Inunda de certeza o meu pensamento
O desencontro dos nossos olhares
Mais cheia de tantos pesares
Como a lua cheia de encantamento
 
Não me vale a recordação
Que inunda o meu pobre ser
E quase a perecer de amor saber
Ainda que escravo desta emoção
 
Que me prende em esperança
E me liberta sem carta de alforria
Que almeja a paz e a inocente alegria
Encontrada no olhar de uma criança