governança

Governança

A áurea bela de quem governa

Não se importa com a pouca luz,

Pois sua beleza extensa ilumina,

E a arte da sua governança fascina.

Surpresas lhe são sempre bem-vindas,

Porque a natureza é cheia de gestão,

Desde o que penetra no útero

À distribuição e divisão do pão.

E o escravo deixa-se governar,

Pois ele também sabe ser turrão

E cuida da lavoura mesmo na chuva

Para cuidar do cultivo de algodão

Que o vestirá como um manto.

E o mesmo zela o trigo que é um grão [sem bico]

E feito passarinho o servente bica o pão

Com manteiga que lembra feriado da nação.

E quem manda aprende com a natureza

Que tem a perspicácia da raposa,

Que traiçoeira pula sobre sua presa,

E presa ao que pega não sai de cima

Sem sugar o que é adocicado até o limiar.

E a mariposa que em seu vôo noturno

Pousa onde bem quer e como lhe convém.

Suga o que lhe está ao alcance sem desdém

E vive apaixonada pra lá de Guadalupe.

O belo de se ver é a postura da aranha-negra

Que mesmo serena e sem querer ri com graça,

E sedutora, feito Vanessa Rabbit dark em festa,

Tira o máximo de vida do seu doce amor

Que morre feliz feito zangão na festança.

Quem vive na escravidão bem sabe

Que o marido da viúva-negra e o zangão,

Cada qual, no seu jeito, foi muito feliz

Conforme o mundo natural, libertário, quis.

Aetas Cüom Bozo Passokas
Enviado por afroditevil em 21/09/2013
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