governança
Governança
A áurea bela de quem governa
Não se importa com a pouca luz,
Pois sua beleza extensa ilumina,
E a arte da sua governança fascina.
Surpresas lhe são sempre bem-vindas,
Porque a natureza é cheia de gestão,
Desde o que penetra no útero
À distribuição e divisão do pão.
E o escravo deixa-se governar,
Pois ele também sabe ser turrão
E cuida da lavoura mesmo na chuva
Para cuidar do cultivo de algodão
Que o vestirá como um manto.
E o mesmo zela o trigo que é um grão [sem bico]
E feito passarinho o servente bica o pão
Com manteiga que lembra feriado da nação.
E quem manda aprende com a natureza
Que tem a perspicácia da raposa,
Que traiçoeira pula sobre sua presa,
E presa ao que pega não sai de cima
Sem sugar o que é adocicado até o limiar.
E a mariposa que em seu vôo noturno
Pousa onde bem quer e como lhe convém.
Suga o que lhe está ao alcance sem desdém
E vive apaixonada pra lá de Guadalupe.
O belo de se ver é a postura da aranha-negra
Que mesmo serena e sem querer ri com graça,
E sedutora, feito Vanessa Rabbit dark em festa,
Tira o máximo de vida do seu doce amor
Que morre feliz feito zangão na festança.
Quem vive na escravidão bem sabe
Que o marido da viúva-negra e o zangão,
Cada qual, no seu jeito, foi muito feliz
Conforme o mundo natural, libertário, quis.