ESTRADA DE FERRO
Sunte seu moço,
seu moço escute o apito do trem,
a cobra de ferro engolindo trilhos,
ora ela vai, ora ela vem.
furando a mata, soprando fumaça,
nas idas e vindas traz sempre alguém.
Quando viajo sento na janela,
pra ver a vida como é lá fora,
vou no balanço dos carinhos dela,
o tempo passa e já nem vejo a hora.
Margeando o Rio Doce lá vai, já vem,
vai apitando pra avisar meu bem,
que estou chegando ela me espera na estação,
ai como é doce o balanço do trem.
Saulo Campos - Itabira MG