O verde do adeus.
Corria, ao lado, o verde dos campos
na estrada de tantos passares,
de tantos amores, perdido nos ares.
Tonalidades andantes, escuros mais claros,
verde-água , espaços, planícies que ondulam,
que dançam,
as flores que surgem amarelas-douradas,
lilases-prenúncios, vermelhas de sangue.
Escondido nos juncos,
nas poças da chuva caída,
o verde caminho atrás de outros ninhos para um renascer.
Vidas criadas,
ainda enroladas nas rodas estranhas
que a pedra jogada nas entranhas da água formou.
Perdido nas cores todos os verdes,
enfeites de orvalhos nos rumos
do longe, do perto,
partindo desperto , apenas sumindo,
o verde correndo, o tempo fugindo,
que tudo passou...