DESERTO
DESERTO
Poeira por todos os lados.
A estrada parece uma miragem,
Um ser perdido no nada,
Em busca de compreensão.
Uma bagagem feita de historias,
Como tatuagens na pele curtida,
Rugas na face do idoso caduco.
Tenho o vento como companheiro,
Escorpiões e cascavéis me observam.
No céu o azul e o sol esperam minha queda,
Lembro uma canção de um momento feliz,
O momento feliz existiu ou seria alucinação?
A sede de receber sentimentos me mata,
Desidratada a alma,
Racha os lábios,
Irrita os olhos...
Cactos e espinheiras machucam o corpo...
Dentro do calor que faz alucinar O procuro,
Sou Ele, sou eu, sou a centelha de vida que pulsa,
Caminha, luta, aprende e cresce.
Nasci único Dele, mas preciso dela.
Estou num deserto de vida
Mas estou seco, pois não aprendi a lição maior.
A me amar.
André Zanarella 08-10-2012