DESERTO

DESERTO

Poeira por todos os lados.

A estrada parece uma miragem,

Um ser perdido no nada,

Em busca de compreensão.

Uma bagagem feita de historias,

Como tatuagens na pele curtida,

Rugas na face do idoso caduco.

Tenho o vento como companheiro,

Escorpiões e cascavéis me observam.

No céu o azul e o sol esperam minha queda,

Lembro uma canção de um momento feliz,

O momento feliz existiu ou seria alucinação?

A sede de receber sentimentos me mata,

Desidratada a alma,

Racha os lábios,

Irrita os olhos...

Cactos e espinheiras machucam o corpo...

Dentro do calor que faz alucinar O procuro,

Sou Ele, sou eu, sou a centelha de vida que pulsa,

Caminha, luta, aprende e cresce.

Nasci único Dele, mas preciso dela.

Estou num deserto de vida

Mas estou seco, pois não aprendi a lição maior.

A me amar.

André Zanarella 08-10-2012

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 18/09/2013
Código do texto: T4487407
Classificação de conteúdo: seguro