EU E O POETA
Meu lado poeta anda triste
Minhas fantasias
Já não cabem em mim
Não sei onde está minha alegria
Ou será que morreu e eu não vi?
Meu lado de fora
Não vê o que há dentro de mim
O eu poeta quando chora
É orvalho num jardim
Molha tudo o que há lá fora
Amanhecerá um novo sol
Amanhã será que eu te vejo
Ou será que serei quem eu sou?
Já tentei seguir a razão
Mas o eu poeta não deixou
Esse ser poeta
Apoderou-se de mim
Mesmo que eu não queira
O verbo há de se sobressair
Até chegar meu fim