ESTEVÃO
Ia na igreja da minha infância,
soprando um velho clarinete.
Nas entrelinhas musicais soava
um dó desarranjado e longo,
qual apitos das embarcações.
- A barca vai partir! zombavam
tímidas donzelas, em comoções.
Rapazes chacoalhavam intenções.
Um dia sumiu. Só agora lembro.
Silenciosa, sua barca partiu.