Literavida!

O sol nasce em minha mão

e minha boca é o mar.

Não sou a lua,

nem a palavra,

nem a rua,

sou o sereno manso e frio da madrugada.

O mundo há dentro de mim

porque a ficção é minha verdade

e eu canto os contos

retirando-os das entranhas da alma,

como se minha literatura

morrasse no céu

e eu fosse o seu deus absoluto.

Meus olhos sabem de tudo isso

e assim, olham a vida sobre o muro

para ver se o que digo de absurdo,

pode-me ser verdade!