CONTO
Na ignorância
ignoro
mostro-me distante
fria de olhos baços
Espero o teu tempo
lhe dou espaços
salto barreiras
limpo poeiras
Deixo-te crescer
dia a dia
esperando que os tombos
não façam mossa
Mas trilhem caminhos
curem as feridas
te levem em tacões altos
pelas grandes avenidas
Mas lentamente
cortem os laços
entrelaçados da trança
que deste com nó
ainda em criança
mato saudades
no rebento
saltando há corda
e correndo ao vento...