CONTO

Na ignorância

ignoro

mostro-me distante

fria de olhos baços

Espero o teu tempo

lhe dou espaços

salto barreiras

limpo poeiras

Deixo-te crescer

dia a dia

esperando que os tombos

não façam mossa

Mas trilhem caminhos

curem as feridas

te levem em tacões altos

pelas grandes avenidas

Mas lentamente

cortem os laços

entrelaçados da trança

que deste com nó

ainda em criança

mato saudades

no rebento

saltando há corda

e correndo ao vento...

Bele Ramos
Enviado por Bele Ramos em 17/09/2013
Reeditado em 13/04/2015
Código do texto: T4485528
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