ATORDOAMENTO

Perpassa pela alma um quê revolto

que sobe e desce ladeiras, senta nas esquinas,

adentra janelas vazando vidraças embaçadas.

há murmúrios, expectativa do iminente,

sobressaltos tensos, fibrilações descontroladas

sobre todos um atordoamento crescente.

De quanto me oferecem, tudo é estéril!

Canso-me e rasgo a faixa, derrubo muros

permitindo-me içar do caos a mim mesma,

e sair de caminhos obscuros!

Assim, só assim, recupero forças

e as recolho, como dádivas.

17.09.13

02:18

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 17/09/2013
Código do texto: T4485121
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