ATORDOAMENTO
Perpassa pela alma um quê revolto
que sobe e desce ladeiras, senta nas esquinas,
adentra janelas vazando vidraças embaçadas.
há murmúrios, expectativa do iminente,
sobressaltos tensos, fibrilações descontroladas
sobre todos um atordoamento crescente.
De quanto me oferecem, tudo é estéril!
Canso-me e rasgo a faixa, derrubo muros
permitindo-me içar do caos a mim mesma,
e sair de caminhos obscuros!
Assim, só assim, recupero forças
e as recolho, como dádivas.
17.09.13
02:18