[Magro tempo]

[Não falo de qualquer tempo,

mas sim, deste tempo ruim

em que eu, um ser sem deus,

sem nenhuma capacidade de remorsos,

me sei um nada, total ausência de infinitos,

um tempo em que eu descubro

um inimigo em cada pessoa,

o tempo de experienciar a sangrenta

sensação de matar à faca, cortando

lentamente em pedaços...

Eia, Jack rides again!]

No tempo certo, nova semente

com esperança será lançada,

mas a face encarquilhada,

onde rola a derradeira lágrima

não mais se recorda do Novo,

pois a vida — essa loucura a toda brida —

é faminta, mas não vive do Velho!

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[Desterro, 8 de setembro de 2013]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 17/09/2013
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