Aurélia
E todas as manhãs, ela o esperava
E por ele, ela cantava
Mas ele nunca a ouvia
E ela,em silêncio sofria
Garotinho mimado, destruidor de corações
Não ouvia, nem amava
Não sorria, nem chorava
Riquinho desgraçado, partidor de corações
A Tolinha? Não desistia
Achando que ele viria
até ao seu encontro esperou
E sozinha...ela ficou
E o rapaz, mimadinho
Todo limpinho, engomadinho
Enganou a pobre menina
E deixando-a naquela sina
A menina se desgostara
Pois soubera que fora enganada
E, naquele dia, abandonada,
Pensou, naquele que amara...
P.S: Me baseei em "Senhora" obra de José de Alencar, ilustríssimo escritor romântico, para escrever este poema. A moça, Aurélia, e o "limpinho e engomadinho", é o Fernando Seixas.