Eis que ressurge: Ela

Te vejo sagaz brotar em minha frente

como uma flor, exalando vida;

tal como a morte, que já está parida

Prometi não mais ver-te nem pintada

Prometi não mais desejar-te. Balela!

A quem pretendi enganar-me?

Maldito ímpeto, fez-me ligar

Sucumbindo à saudade ouvi sua voz

Ouvi sua respiração ofegante ao falar

Interrompendo tua fala roubando meu ar

Rouba minhas forças, apaga promessas

algo em mim pulsa, sinto-me definhar

Não meu corpo, que é tão são e profano

Mas meu peito, que te odeia e mente.

E a mente, que recorda e sente.

Leilane Correia

(09/2013)

da série: Esboços perdidos