Penumbras

Vagueio confusa

perco-me na penumbra

dos sentidos sem sentidos

limito-me a respirar, sem afogar

sem razão nem sorriso

deixo-me perturbar pelos zunidos da solidão

nos ecos de ti vivos em mim.

Ainda existo

nas folhas voando no branco

nas palavras a cortar emoções

apanho lágrimas com as mãos

guardo a seiva doce das lembranças

que me percorrem e alimentam

a escorrerem nos eternos largos sonhos

13/04/07

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 13/04/2007
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