Penumbras
Vagueio confusa
perco-me na penumbra
dos sentidos sem sentidos
limito-me a respirar, sem afogar
sem razão nem sorriso
deixo-me perturbar pelos zunidos da solidão
nos ecos de ti vivos em mim.
Ainda existo
nas folhas voando no branco
nas palavras a cortar emoções
apanho lágrimas com as mãos
guardo a seiva doce das lembranças
que me percorrem e alimentam
a escorrerem nos eternos largos sonhos
13/04/07