VOO PARA O DECLÍNIO 2

VOO PARA O DECLÍNIO

O anjo caído está com artrose,

No cérebro um vaso com estenose

Na esquina o crack é a maçã,

Que tira dos lares o amanhã.

Não há Evas peladas do paraíso,

Como ninguém mais tem juízo.

Penas sem brilho na sarjeta,

Para o céu vou de lambreta,

Pois alcoolizados avançam o sinal

Para a família não faz mal.

O anjo caído hoje é um santo

Assando churrasco no seu canto.

“Cachorras” sem calcinha na dança

Daqui a pouco estarão com pança;

Coitado desse novo rebento

Que cairá na vida a qualquer momento.

O bonito mesmo está na novela,

Ou na fofoca feita de uma janela.

E o anjo caído perdeu a vez para o humano

Ser mesquinho talvez louco e insano

O anjo caído quer cuidar da sua casa

Antes que o humano invada lá destruído a ultima brasa.

André Zanarella 23-09-2012

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 16/09/2013
Reeditado em 30/08/2018
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