A faceta escura

A faceta escura que o teu rosto escondia na corada manhã de hoje, sumiu. E está deu lugar a um rosto meigo e iluminado, singelo com um sorriso simples no ar;

Distante estás agora e muito além do mar, afrontando o anjo que voa a beira-mar, Saudade latente, ardente, arde língua, queima pele, esquenta o sangue e faz pensar, Que vaidade, que desejo, moça dos lábios doces, de vestido rodado, dança ciranda pra animar;

Caminhos de formigueiros são trilhas tão seguras quanto um rio que deságua no mar, Deformando a natureza, como um beijo derruba a insegurança que a moça carrega no olhar, Tenho certeza que a praia é feliz, pois abraça sem restrições as águas que deságua por lá;

Enforcamento de saudade é um laço entre dois braços para não te deixar escapar, Vidra olho na íris, vira arco-íris latente de teimosia por de ti gostar;

Silêncio, roer de dentes, tremedeiras, silêncio!

Alguém vai se declarar?

Carlos Henrique de Azevedo
Enviado por Carlos Henrique de Azevedo em 16/09/2013
Reeditado em 16/09/2013
Código do texto: T4483494
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