Atendendo ao impulso repentino

Elevei os meus olhos para o Alto

Constatei a esplendorosa Lua

Com grande diferença positiva

Imaginei que lentes aumentativas

Provenientes da área celestial

Somente poderia a justificação

Quanto ao quadro deslumbrante

Nunca possível à capacidade humana.

Da Lua, bela Lua, cálida Lua

Tanto foi o meu êxtase sentido

Desses momentos reflexivos

Que almejei aos céus a duração

Até mesmo a perpetuidade

Da permanência da Lua naquele ângulo

Mas, e o Sol, não deveria voltar à Terra?

Sendo que a Lua e o Sol

São inteiramente incompatíveis

Porém, é do Sol para a Lua

A luz tão bem recebida

Ainda que cedam espaços entre si

Desempenham lindamente suas funções

Porque somente a sabedoria divinal

É capaz de tudo acertar.

Te., 05 de março / 2010

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Francisca Miriam Aires Fernandes, em "Poemas Sem Título para Maria Miracir Aires de Carvalho", 1ª edição, CBJE, Rio de Janeiro, 2012 (Página 91).

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