DEVORA-ME

Sob o clarão geométrico
das luzes acantonadas
devora-me!

No fundo cristalino
das águas sussurrantes
devora-me!

Dentro da espiral infinda
da volúpia incontida
devora-me!

Poe entre as cores das orquídeas
dos jardins perfumados dos corpos
devora-me!
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 15/09/2013
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