DOLÊNCIA AO SOL DA MANHÃ
Luze o anonimato em claridade.
Primor para o poema,
é indolente o pensamento,
perscrutando o ócio.
Sarandeia a ama das ausências.
O derramar do óleo sobre a pele,
erótica fricção afaga o soluço.
Sorvo água-de-coco,
o beijo estala no canudinho.
Num aceno de véspera,
o sotaque turista açula a excitação.
E cochicha o pensamento.
– Do livro BULA DE REMÉDIO, 2005/2009.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/44828